terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Desancorar O Barco

Demais, já estive preso em jaulas de outros compartimentos
Mas sou menor que sinto o que o vento pressente, sem desmentir que é real
Foi em berços de outros vagões que eu fui me dá por vencido, em trilhos
E detestáveis anomalias que o tesouro oferece ao passante, que está prestes a
Entrar em estado de choque, tamanha a violência das ondas
Mesmo que a tempestade seja atroz, as velas vão conter os redemoinhos
Porque hoje foi o último dia, daqui pra frente nada se sabe
Clarividência seria bem-vinda, mesmo que depois eu volte a ser inepto
Até aí, tudo bem. ----------------------------------------------------
A gente desfaz o que ainda não foi feito, tentamos despistar o acaso
De um jeito ou de outro ele sempre vai nos surpreender
Mesmo que cheio de acrobacias, passe a se tornar hipotético
Essa é a cor que ainda não molhou os pincéis dos grandes artistas plásticos
Tem o nome e o sabor facilmente reconhecíveis após o adeus
À Deus: tudo o que há de bônus
Preencher os espaços vazios com samba de natureza encharcada

Difícil é encontrar esse gosto de sal de novo
Mesmo que o sol venha a nascer do mesmo jeito de ontem
Será diferente demais, como se o século desse um pulo à frente
E eu só tenho um medo: Achar-me.

Nenhum comentário:

Postar um comentário